Confira abaixo a lista dos principais erros, dúvidas e recomendações da Embrapa na aplicação dos defensivos.
- Escolher um produto inadequado
Ao comprar o defensivo, certifique-se que o mesmo tenha registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e que seja adequado para determinada cultura e praga a ser combatida. Outra dica é ler a bula do produto para checar a formulação, classe toxicológica, modo de ação, doses recomendadas, etc.
- Não regular o equipamento
Para uma aplicação perfeita, é importante revisar toda a ferramenta que será usada. A Embrapa Uva e Vinho recomenda examinar os bicos individualmente, verificar o volume de calda a ser aplicado, o número e tamanho das gotas, a pressão dos bicos, a dosagem, a diluição, a agitação e a necessidade de adição de adjuvantes. Caso o agricultor ainda tenha dúvidas, a sugestão é consultar um profissional da área, como um engenheiro agrônomo, para indicar as melhores proporções.
- Errar na limpeza e manutenção dos bicos
Para que o dispositivo distribua uniformemente a quantidade de produto na produção, é importante realizar a higienização e a troca dos bicos. Na limpeza não devem ser utilizadas agulhas, arames, canivetes, gravetos ou a boca, e nem lavar os equipamentos em riachos, córregos ou lagoas. O ideal é usar um instrumento que não danifique o bico, como uma escova com cerdas de nylon (escova de dentes), fio de nylon ou ar comprimido. Sobre a substituição do bico, a recomendação da Embrapa Uva e Vinho é que seja feita quando a média da vazão ultrapassar em 10% a vazão de um bico novo.
- Não regular corretamente o pulverizador
Devido ao desgaste natural do bico ou a perda da calibração, é importante calibrar o pulverizador periodicamente. Neste processo, é essencial seguir os seguintes passos: utilizar os equipamentos de proteção individual (EPI), abastecer o pulverizador com água limpa, avaliar a existência de vazamentos, determinar a distância em metros entre os bicos e determinar a velocidade de trabalho em um terreno plano que tenha características parecidas com as condições de pulverização.
- Desrespeitar as condições climáticas
Um erro muito comum entre os agricultores é aplicar os defensivos contra o vento. A recomendação é não realizar a pulverização na presença de ventos com velocidade acima de 10 km/h, pois gotículas do produto podem se alastrar para outras áreas e contaminar plantações vizinhas. Em caso de ameaça de chuvas ou plantas estressadas, não realize a aplicação ̶ mesmo que os ventos estejam com velocidade inferior a 10 km/h ̶ pois a eficiência do tratamento pode ser mínima ou até nula. Segundo a Embrapa Uva e Vinho, as águas das chuvas podem lavar o produto e impedir a absorção das plantas, visto que alguns herbicidas precisam de até seis horas para fazerem efeito. Já em períodos de baixa umidade, como as cutículas das plantas ficam desidratadas, as gotas dos defensivos se cristalizam e a absorção da molécula pela planta é dificultada. Em altas temperaturas, ocorre um processo parecido: as moléculas dos defensivos podem evaporar rapidamente, não havendo nenhum efeito. Por outro lado, em temperaturas baixas, as plantas ficam com o metabolismo reduzido e absorção também é diminuída.
Fonte: https://goo.gl/x6uKf9